Ainda
me lembro do dia em que veio a televisão lá para casa, foi uma alegria, mas não
nos mudou o hábito das brincadeiras de rua. Na minha aldeia há um largo, onde
nos juntávamos para brincar, rapazes e raparigas, ás escondidas,à apanhada, ao
lá vai alho, cabra cega e outras brincadeiras aí já separadas por raparigas e
rapazes as cozinhas das mães, com as bonecas e eles ao berlinde, aos índios e
cowboys. Só íamos para casa à noite, não por perigo, mas porque eram horas de
jantar e jantávamos todos juntos, na cozinha e não à frente da televisão. Pouco
via tv e só tinha dois canais. Nunca senti falta de mais e era feliz, tão
feliz.
No dia de Natal íamos bem cedo à chaminé ver o que o menino Jesus nos tinha
deixado, depois íamos para a rua mostrar uns aos outros o brinquedo que
tínhamos recebido, não eram três ou quatro, era um, no máximo dois.
E éramos tão felizes...
A loucura do ano eram as festas da aldeia, eu ia para a quermesse, estreava
uma roupa por cada dia de festa, era uma alegria aqueles bailes, agora tudo
isso é pimba...eu era feliz nos bailes.
Tenho 49 anos, sou feliz, mas tive uma infância feliz com um grupo de
amigos que ainda hoje o somos, acho que quando nos encontramos nos nossos
olhares esses momentos estão connosco.
Beijinhos
♥
ResponderEliminarTão bom Marina... Obrigada pela partilha!!
ResponderEliminarbjssssssss
Tão bom...eu também brincava na rua com os meus amigos. Havia uma regra. As luzes da rua assim que acendiam tinhamos que voltar para casa :)
ResponderEliminarNós às vezes ainda andávamos de luzes acesas a brincar ás escondidas, que bom que era...
ResponderEliminarObrigada!