segunda-feira, 11 de junho de 2018

Ser rede, ter rede

Se você é mãe ou vai ser, preste atenção ao que eu vou dizer: tenha uma rede de apoio. Mas calma. Esse item não está nas listas de enxoval e nem pode ser encontrada na Alô Bebê. Ele também não aparece num passe de mágica depois que o bebê nasce. Esse item é você quem faz. Com mãos, coração, entrega, confiança. Rede de apoio se tece, é preciso construir, nutrir, cuidar para ser cuidada.
Às vezes, a rede de apoio é pequena, feita de por uma pessoa só. Um marido, uma amiga, uma avó, uma vizinha. É alguém que está presente em pequenos ou grandes detalhes. Lava uma louça, deixa um bolo na portaria, passa um café quentinho.
Às vezes a rede de apoio é virtual e mesmo não conseguido olhar o bebê enquanto você faz cocô sossegada, você pode desabafar e perceber que não está tão só assim. É confortante encontrar voz para suas angústias, mesmo que do outro lado da tela.
Às vezes a rede de apoio é forte, presente, composta de várias mulheres diferentes, com histórias diferentes, maternagens diferentes, mas que em algum ponto vocês são tão parecidas e isso é tão lindo.
A rede de apoio não tem manual sobre como deve agir, quantos integrantes deve ter ou por quanto tempo deve durar. A única coisa certa sobre esse item fundamental da maternidade é que ele precisa ser feito de amor e dedicação. Você é rede de apoio quando você dedica um pouco do seu tempo, do seu colo, do seu olhar ou seus ouvidos para uma outra mãe, sem esperar nada em troca. É bonito, forte e transformador ser mãe ao lado de outras mulheres. Seja rede, tenha rede.

Lua Fonseca

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